A idade da Inocência, Edith Wharton || Book Review

by - 8/27/2021




Título: A idade da Inocência

Autor: Edith Wharton

Editora: Clube do Autor

Tema: Romance, Clássico da literatura

Número de páginas: 384 páginas

Avaliação: 5 estrelas // 5 estrelas


Disclaimer: Este livro foi-me oferecido pela editora "Clube do Autor", mas a opinião dada neste post é completamente sincera e sem influência da oferta. Os links incluídos neste post são links de afiliados. Não tem qualquer custo para vocês, apenas ganho uma pequena comissão caso comprem o livro pelos links.


Sinopse

A Idade da Inocência é um fresco magistral do desejo e da traição da elite de Nova Iorque no final do século XIX. A história comovente de um homem confrontado com uma decisão dilacerante -- ou define a sua vida com coragem ou arruína-a sem misericórdia.

Newland Archer representa o apogeu da sociedade nova-iorquina no final do século XIX. Está noivo de May Welland, unindo assim duas das famílias da elite. Contudo, o regresso da condessa Olenska após separar-se do marido europeu irá perturbar o conservador grupo. Um retrato perturbantemente real das mulheres e dos homens encerrados numa sociedade que nega a humanização em nome da «civilização».

Apaixonado pela condessa Olenska e exasperado pelas restrições do mundo a que pertence, Archer errará em busca da felicidade ao mesmo tempo que procura amadurecer, imerso nas tradições que se vê coagido a seguir. O equilíbrio precário entre impulsos e desejos e o medo de se ser marginalizado levam Archer ao dilema existencial no cerne da narrativa.

A Idade da Inocência é um olhar crítico para o passado; com maturidade, Wharton pretende compreender os valores que guiaram a sociedade dos Estados Unidos até à Primeira Guerra Mundial, para então saudar a nova era que se iniciava. Publicado em 1920, foi o vencedor do Prémio Pulitzer no ano seguinte, pela primeira vez atribuído a uma mulher. 



A minha opinião

Já todos devem saber o quanto sou a louca pelos clássicos e fiquei over the moon, quando a Clube do Autor me ofereceu um exemplar da sua coleção "Os livros da minha vida" que é composta por MARAVILHOSOS clássicos com capas lindas de morrer! 

Quando fui ver a coleção completa, este livro chamou logo à minha atenção. Não só pela capa, mas porque ganhou o Prémio Pulitzer.

Este livro foi um dos meus clássicos favoritos e é por isso que tem a avaliação que tem. Traz-nos um retrato tão real da sociedade daquela época que até parece que somos transportados até lá. 

O livro está dividido em duas partes: na primeira apresenta-nos os personagens principais e é onde vamos acompanhando a história de Newland Archer, um homem da alta sociedade que segue à risca todos os costumes e tradições e que está noivo de uma rapariga jovem, May Welland, pura e com uma mentalidade praticamente infantil. Aqui conhecemos também a condessa Ellen Olenska, prima de May, que está prestes a se divorciar do seu marido. E todos sabemos o quanto o divórcio era considerado o terror daquela época. 

Olenska é uma mulher que não segue as regras da sociedade e anda à procura da liberdade. Nada disto era retratado na literatura da época (apenas para denegrir as pessoas), mas Edith Wharton consegue transformar esta personagem numa das personagens mais queridas do livro, na ótica do leitor. 

Claro está que Newland se acaba por apaixonar por Ellen (nada de inédito), mas será para sempre um romance proibido. Estaremos até à última página à espera que eles acabem juntos, mas o que realmente importa neste livro não é só o romance. É também a procura dos personagens por liberdade individual, colocando em causa as regras e costumes da sociedade onde vivem. 

Se forem ler o livro percebem que não foi à toa que Edith Wharton foi a primeira mulher a vencer o prémio Pulitzer de Ficção, em 1921, graças a esta obra. O livro traz-nos temas como sexualidade reprimida, realização individual e social, assim como, alguns dos costumes mais terríveis da alta sociedade desta época. Como a autora viveu também na alta sociedade norte-americana, torna o discurso e as descrições mais credíveis e pessoais. 

Recomendo mesmo a leitura deste grande livro, para todos os amantes de clássicos e de romances. E se precisarem de um empurrãozinho, este livro está classificado como "100 livros que todos deveriam ler", pela GoodReads e "100 melhores romances", pelo The Guardian 😉


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1 comentários

  1. Tenho esse livro na estante, mas confesso que nunca lhe tinha dado a devida atenção até agora que li a tua opinião sobre ele... Penso que irá galgar posições e será das próximas leituras que conto fazer no que toca a Clássicos ;)

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