13 perguntas com... Ana Silva (alma_de_leitora)
A entrevista de hoje é com uma pessoa que conheci graças ao meu trabalho no Bossly e não podia estar mais feliz por a ter conhecido. A Ana é uma pessoa forte, cheia de sonhos e com imensa vontade de fazer 1001 coisas.
Para amantes de livros, esta é uma das contas que mais gosto de seguir e... a Ana lançou um produto digital: um reading journal para quem quer manter as suas leituras e opiniões atualizadas. Depois desta entrevista tenho a certeza de que vão adorá-la também e começar a seguir o trabalho dela!
Ana Silva, criadora de conteúdo no Alma de Leitora e enfermeira, a abrir o seu coração aqui no That Girl, apenas para vocês! Preparem-se para mais uma grande entrevista!
Para quem não sabe, és enfermeira, correto? Como é que
consegues ter tempo para conciliar o teu trabalho com o Instagram? Todos
sabemos o quanto é difícil ser enfermeira nos tempos que correm e ter tempo
para o resto.
Não sei se sou a pessoa mais indicada para responder a essa pergunta, porque há alturas em que, apesar de implementar algumas estratégias de organização, simplesmente não consigo chegar a todo o lado. E, para mim, está tudo bem, a minha saúde mental vem primeiro.
Em relação às estratégias que implemento, consistem maioritariamente em fazer as coisas por blocos e deixar “meio feito”. Quando vou fotografar, monto um cenário, que aproveito para tirar fotos de vários livros e algumas fotos de transição. Se tenho tempo, monto um novo cenário e faço o mesmo. Ao fazer isto e brincar com os ângulos, não só tenho material para várias publicações, como consigo maior consistência visual no meu feed, que é algo com que me preocupo.
Quando tenho mais um pouco de tempo, transfiro as fotos e edito tudo. Quanto a ideias para as publicações, isso tende a ser o meu ponto fraco, e por isso tenho um caderninho de bolso onde faço brain dump. As minhas opiniões estão sempre escritas no meu reading journal.
E já agora, quando é que descobriste que querias ser enfermeira?
Por acaso é uma história engraçada. A minha mãe diz que eu era ainda muito pequenina quando vi o filme Bambi pela primeira vez, e que comecei a chorar porque queria ajudar a mãe do Bambi para ele não ficar triste.
Mais tarde, optei pela área das ciências e tecnologias, sempre focada na área da saúde, e no meu 10º ano, devido a uma experiência pessoal, falei com uma enfermeira e vi em primeira mão o seu trabalho, e soube que era o que queria.
Quando começaste o “Alma de Leitora”, o que te inspirou a começar? Qual foi a tua maior dificuldade/o teu maior medo e como é que superaste?
Já tinha tido anteriormente uma conta no bookstagram, em conjunto com uma amiga, e infelizmente não funcionou. Entretanto passaram uns 5 ou 6 anos, fiz amigos na comunidade, e decidi tentar sozinha. O meu maior medo era falhar de novo, mas fui procurando formas de melhorar o que sentia que tinha para melhorar, e até agora tem corrido bem.
Sei que há pouco tempo lançaste o teu “Reading Journal” para as pessoas adquirirem. Fala-nos um pouco dele e do que terão acesso se adquirirem.
Este projeto começou por ser algo só para mim. Queria um
reading journal com certas características, e não o encontrava em lado nenhum.
Por isso, e inspirada por uma citação da fantástica Toni Morrison, decidi criar
o meu próprio reading journal. E depois pensei: “se eu andava à procura de algo
assim, porque não divulgar, caso mais alguém queira?”
“If there’s a book that you want to read, but it hasn’t been written yet, then you must write it.” - Toni Morrison
O meu Reading Journal é um printable, ou seja, um ficheiro digital que, uma vez adquirido, é do comprador para sempre, e que pode ser impresso total ou parcialmente as vezes que forem desejadas.
Em termos de conteúdo, são 19 tipos de páginas
diferentes. Há páginas para contactos, objetivos, a year in pages (colorir o
quadradinho do dia com a cor correspondente ao número de páginas lidas), planner
mensal, desafios de leitura, TBR, wishlist, livros lidos, livros emprestados,
novos na estante, novidades a ser lançadas, séries, ARCs, informações do livro
e opinião, citações, resumo anual, e ainda espaço para notas.
Daqui a 5 anos ainda te imaginas com este projeto em mãos?
Se sim, o que gostarias de conquistar até lá?
Sim, imagino. Gostava de fazer mais amizades, de criar
projetos com pessoas da comunidades.
Também gostava de estar, de algum modo mais oficial,
ligada ao trabalho do mundo editorial. Adorava aprender e praticar revisão de
texto, por exemplo.
Quais são as tuas contas de Instagram favoritas? O Top 5
Gosto muito da @faith.strange, o trabalho que ela tem
desenvolvido na divulgação de autores portugueses tem sido excelente.
A @nowheregirlandherbooks é a melhor pessoa para pedir a
opinião. É sempre honesta, e quando diz que um livro é bom, é porque ele é BOM.
E é uma pessoa amorosa.
Também gosto bastante da @quemmelera e do @filipeheath,
principalmente por trazerem temas importantes para a mesa, e nos fazerem
refletir sobre eles.
O @1leituraemeia tem as melhores edições de foto em
Portugal.
E a @nerdybookworm1, que é a melhor pessoa que o bookstagram me trouxe.
Gosto tanto de tantas contas que é difícil nomear só
algumas.
Para ti, como é que é o teu fim-de-semana perfeito?
Normalmente não tenho fins de semana, tenho folgas isoladas. Por isso, vou descrever o meu dia para relaxar. Claro que raramente acontece isto, porque há sempre algo a tratar.
Primeiro, acordar depois das 7h! Começar a minha manhã
com calma, ler um pouco e beber um chá. Em seguida mover o corpo, e depois
dedicar-me a algum hobby.
À tarde passear à beira mar e ver o pôr do sol. Depois
de jantar mais um pouco de leitura.
Se fosses para uma ilha deserta e só pudesses levar 5
coisas, de tudo o que pudesses escolher, o que levavas?
O meu ereader, a minha guitarra, um dispositivo e
carregador para poder comunicar com outras pessoas, fotografias das pessoas que
gosto, e uma manta que me recordasse o lar.
Qual seria a tua última refeição da vida, se pudesses
escolher?
Em termos de comida não sei, o que me apetecesse no
momento. Mas queria que fosse
rodeada das pessoas que amo.
Quais são as coisas que tens que ter sempre contigo?
Um livro, papel e caneta, sapatos confortáveis.
Qual o conselho que gostarias de deixar às pessoas a lerem
este post?
Não deixem que o medo de falhar vos impeça de fazer algo
que queiram. Na maioria das vezes, a determinação chega para que o esforço que
empregam leve a que conseguirem o que querem.
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